O que é:

O Glaucoma vem sendo associado à um infarto na região dos olhos, exatamente como acontece no infarto do coração. No Glaucoma acontece o aumento da pressão do olho causado por maior produção do humor aquoso (líquido que preenche o globo ocular ) ou, mais freqüentemente, pela deficiência em sua drenagem. Isso leva a danos irreversíveis na visão, com a diminuição da visão periférica. Se o Glaucoma não for tratado adequadamente pode levar até a perda total da visão.

Estes danos são causados pela compressão do nervo óptico e dos vasos que nutrem a retina - camada de células nervosas que "capta" as imagens - que, aos poucos, vai perdendo esta capacidade.

O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado com tratamento apropriado e quanto mais cedo for descoberto, melhor o prognóstico. 

Desenvolvimento e Sintomas:

Uma em cada 50 pessoas acima de 35 anos e três em cada 100 acima de 65 anos têm glaucoma. Os diabéticos estão mais sujeitos a ele.

Não é transmissível de uma pessoa para outra. No entanto, a tendência hereditária existe, sendo 20 % mais frequente em parentes de glaucomatosos. Isto obriga o exame de todos os parentes próximos, incluindo tios e primos.

Mais raramente, o glaucoma pode ser congênito, presente desde o nascimento.

Os sinais começam a surgir após os 40 anos e tem como principal característica o aumento da pressão ocular. Todas as prevenções utilizadas para o infarto do coração também são úteis para o Glaucoma.

Alguns sintomas podem fazer suspeitar de sua existência, tais como: troca frequente da graduação dos óculos, dificuldade de se adaptar à obscuridade, perda da visão lateral, visão embaçada, aparecimento de halos ou arco-íris ao redor de luzes e dores de cabeça ou dos olhos.

Olho vermelho, doloroso, pupila dilatada. Cuidado! Isso pode significar um glaucoma agudo, isto é, o aumento brutal da pressão do líquido que banha o interior do olho, para o que é necessário tratamento urgente. Mas essa forma de glaucoma, felizmente é muito rara. O glaucoma comum, entretanto, merece maior atenção: ele se desenvolve de modo insidioso. No adulto, se desenvolve lentamente, podendo já existir há meses ou anos, sem sintomas - o que pode levar à perda progressiva da visão, sem que a pessoa perceba.

O exame ocular cuidadoso, incluindo a medida da pressão ocular e determinação do campo de visão, permite o diagnóstico precoce.

O oftalmologista, através de um aparelho especial, efetua a medição da pressão do líquido situado no interior do olho. Essa pressão, que nada tem a ver com a arterial, sofre variações no decurso do dia, segundo a atividade física, a fadiga, o estresse, etc. O exame de campo visual computadorizado (Campimetria) pode detectar o glaucoma ainda na fase inicial e, assim, através de diagnóstico precoce indicar a necessidade de medição ou cirurgia.

Resumindo: a palavra é Prevenção. Como o Glaucoma traz danos irreverssíveis, podendo levar a perda total da visão, a prevenção aponta para que o seu diagnóstico aconteça da maneira mais breve possível. A partir dos 40 anos de idade são aconselháveis exames oftalmológicos periódicos para que se avalie com precisão as variações da pressão do globo ocular. 
 

Tratamento:

Colírios ajudam a reduzir a pressão. Em alguns casos, são adotadas cirurgias que aumentam a drenagem e impedem o avanço da doença.

Seu tratamento consiste em instilar, regularmente, colírios que mantêm a pressão do globo dentro da normalidade. Eventualmente comprimidos podem ser necessários.

Se o tratamento clínico não permitir adequado controle da pressão, será necessária intervenção cirúrgica.

Dependendo do estudo aprofundado de cada caso, esta cirurgia poderá ser feita com laser, ampliando o canal de drenagem do humor aquoso; com bisturi, fazendo-se uma micro-abertura na esclera ou até, em casos extremos, com implantação de válvula para controle da pressão intra-ocular.

As técnicas cirúrgicas baseiam-se sempre na formação de uma fístula aberta ou fechada, com ou sem proteção, que filtre o excesso de líquido formado. A mais popular é a trabeculectomia, onde uma parte do trabéculo, malha permeável que circunda o equador da córnea interna, é retirado.

Entre 1991 e 1993, foi desenvolvida pela Clínica Harley Street (Dr. Edigezir Gomes), uma técnica chamada "Escleroplastia", que tem como finalidade baixar a pressão ocular, sem abrir o dreno para dentro do olho, através de várias delaminações. Atinge-se, assim, a última camada do trabeculum que é porosa. Essa nova técnica mostra também a melhoria do campo visual.

A outra função esperada pelo Dr. Edigezir é a neovascularização do corpo ciliar ,que, em alguns casos, encontra-se enfartado. Clinicamente, estes pacientes são tratados com vaso dilatadores cerebrais e oculares, mesmo depois da cirurgia.